Nas terras do oeste limítrofes com Portugal, encontram-se distintas fortificações, reflexo de guerras e enfrentamentos sucedidos ao longo da história.  Muitas delas desempenharam um papel importante nas guerras napoleónicas.

Trata-se de construções medievais, reforçadas nos séculos XVII e XVIII, seguindo o modelo das fortalezas abaluartadas. Da perspetiva aérea chama a atenção a sua forma de estrela, com fossos e contrafossos, revelins, etc.

O mais rico e completo museu de Ciudad Rodrigo encontra-se num marco de beleza excecional: a Sé mirobriguense. Este museu alberga coleções arqueológicas importantes, entre as quais destacam peças pré-históricas do município, alguns vestígios do seu passado romano (incluindo peças funerárias e numismáticas) e restos arquitetónicos das diversas fases da construção da Catedral.

Este centro, situado em Calzada de Valdunciel (muito próximo da capital), oferece um panorama sobre as vias históricas: da famosa Calçada da Prata às grandes canhadas transumantes.

Gados e exércitos percorreram, ao longo da sua história, a província de Salamanca através de vias de enorme importância, como a Via da Prata e as suas vias de acesso ou a rede de canhadas da Mesta. Por estes caminhos históricos, passaram milhares de camponeses, viajantes e mercadores, cuja história está descrita nos vários painéis interpretativos deste centro.

Ciudad Rodrigo é um lugar fronteiriço e estratégico desde a Idade Média, mas foi só no século XVIII quando se transformou num verdadeiro baluarte e ergueu as defesas mais modernas face à poderosa artilharia da época.

Podem encontrar-se outras fortificaçõesa análogas ao longo da fronteira hispano-lusa, como o Forte da Conceição ou a cidade portuguesa de Almeida, mas nenhuma com a envergadura de Ciudad Rodrigo. Esta aula pretende explicar, de forma acessível, este universo e os seus poderosos vestígios, assim como os diferentes sítios da cidade durante a Guerra da Independência.

O último piso da torre do Castelo alberga uma aula de interpretação sobre as fortificações medievais da antiga fronteira entre os reinos de Leão e Castela.

Castela e Leão é uma terra de castelos, particularmente no ocidente da região, onde se concentraram, durante vários séculos, três fronteiras: a dos territórios lentamente ocupados pelo poder andaluz, a que se criou quando se fundou Portugal e a que separou os antigos reinos de Leão e Castela.

Um edifício ou uma escultura? A primeira impressão deste museu é a estética potente do seu contentor. Blocos e nervos de betão tecem-se entre si para acolher a obra de um escultor genial. Ángel Mateos foi um artista de vanguarda com uma das vozes mais pessoais do último terço do século XX.

Este pequeno espaço expositivo acolhe as obras de Marina Gómez, pintora e escultora salmantina radicada em Madrid, assim como os trabalhos de outros artistas de Alaraz e da província de Salamanca.

É um centro de dinamização artística que organiza, anualmente, um consolidado concurso de pintura rápida para crianças e idosos. A sua atividade concentra-se nos meses de verão.

O Cemitério de Arte de Morille surge, em 2005, com a iniciativa dos artistas Domingo Sánchez Blanco e o falecido Javier Utray.

O propósito básico desta original iniciativa é o soterramento de peças de reconhecido valor artístico e/ou vinculadas diretamente ao âmbito da arte de vanguarda, partindo da ideia que o próprio soterramento não é mais importante que o processo de enterrar.

A 8 quilómetros do sul da capital, encontram-se Los Arapiles, dois montes e uma grande planície, declarados Sítio Histórico. Neste espaço, no dia 22 de Julho de 1812, travou-se uma das mais importantes batalhas da Guerra da Independência.

O exército aliado –ingleses, portugueses, alemães e espanhóis–, sob o comando do Duque de Wellington, derrotou o francês, sob as ordens do marechal Marmont. Mais de 100.000 soldados de ambos os lados participaram nos enfrentamentos.

No seu tramo salmantino, a Rota da Prata oferece bons argumentos para uma escapada, seja pelo seu valor arqueológico, pelo património histórico, pela natureza ou pela sua gastronomia.